Há um ano, um grupo de 15 crianças de seis a dez anos de Ribeirão Preto faz da filatelia (prática de colecionar selos) uma atividade educativa e divertida. E deixaram os adultos para trás: hoje, o Clube Filatélico Mirim do COC é considerado o único projeto do tipo organizado no município, uma vez que o local de encontro de colecionadores adultos encerrou as atividades há 27 anos.
Em parceria com os Correios, os alunos têm aulas de conservação e manutenção dos selos, bem como sobre o manejo de cartas para extração das peças. “Foi uma iniciativa dos próprios alunos. O projeto ajuda a ampliar o conhecimento das crianças, que aprendem sobre vários assuntos com os selos, que são temáticos”, disse a coordenadora do projeto, Ana Cláudia de Olveira. São apenas dois clubes mirins de filatelia no Estado — o outro fica em São José do Rio Preto, a 200 quilômetros de Ribeirão.
A coleção de selos ganhou lugar entre os papéis de carta e adesivos de Laura Barrachi, 10 anos, aluna da 5ª série. “Achei interessante. Tenho alguns selos em casa e vou comprar um álbum para deixar organizado.” Entre os preferidos da aluna Ana Helena Zana, 10, estão as peças aromatizadas e em relevo. “Para mim são os mais bonitos e diferentes”, disse Ana, que juntamente com a amiga Marina Ferreira, 10, acompanha as reuniões aos sábados.
“A filatelia traz conhecimento aos participantes, que adquirem informação com os temas que as peças trazem”, disse a gerente da agência filatélica dos Correios, Esther Gritti. “Além de tudo, é uma forma de investimento, porque as peças valorizam com o tempo.” A peça filatélica brasileira mais cara já vendida foi leiloada em 2007: uma carta com quatro selos Olho de Boi, datados de 1843, vendidos por R$ 824,5 mil Euros — o equivalente hoje a R$ 2,2 milhões.
PARTICIPAÇÃO - O grupo mirim de filatelia do COC é aberto à comunidade. As reuniões são realizadas aos sábados, das 10h às 11h, e podem participar crianças dentro da faixa etária acompanhadas dos pais. Informações pelo telefone (16) 3603-9328.
FILATELIA
Hábito ainda sobrevive
2 mil Filatelistas há em todo o interior do Estado de São Paulo, segundo os Correios
61 anos
Faria neste ano o clube filatélico de Ribeirão Preto, se ainda existisse
Jornalista monta blog em Ribeirão
O clube filatélico que havia em Ribeirão, fundado em 1948, fechou as portas em 1982, ano da morte de seu presidente, Américo Gabaldo. Desde então, os colecionadores de selos da cidade mantêm contato apenas por telefone, com seus respectivos amigos. Na tentativa de manter a unidade entre os participantes, o jornalista Márcio Javaroni, 36 anos, dos quais 24 dedicados à filatelia, colocou no ar há três meses um blog para compartilhar informações da área. “Seria importante que os colecionadores voltassem a se organizar, para não deixar isso acabar”, disse. Um dos temores do colecionador é que as crianças percam o interesse pela atividade, o que põe em cheque a continuidade do hobby. “Muita coisa compete com a atenção das crianças, como computadores e jogos”, afirmou. O endereço do blog é www.filateliaribeirao.blospot.com
* Matéria do jornalista Guilherme Tavares (guilherme.tavares@gazetaderibeirao.com.br), publicada na Gazeta de Ribeirão, do dia 14/06). Foto: Lucas Mamede
Em parceria com os Correios, os alunos têm aulas de conservação e manutenção dos selos, bem como sobre o manejo de cartas para extração das peças. “Foi uma iniciativa dos próprios alunos. O projeto ajuda a ampliar o conhecimento das crianças, que aprendem sobre vários assuntos com os selos, que são temáticos”, disse a coordenadora do projeto, Ana Cláudia de Olveira. São apenas dois clubes mirins de filatelia no Estado — o outro fica em São José do Rio Preto, a 200 quilômetros de Ribeirão.
A coleção de selos ganhou lugar entre os papéis de carta e adesivos de Laura Barrachi, 10 anos, aluna da 5ª série. “Achei interessante. Tenho alguns selos em casa e vou comprar um álbum para deixar organizado.” Entre os preferidos da aluna Ana Helena Zana, 10, estão as peças aromatizadas e em relevo. “Para mim são os mais bonitos e diferentes”, disse Ana, que juntamente com a amiga Marina Ferreira, 10, acompanha as reuniões aos sábados.
“A filatelia traz conhecimento aos participantes, que adquirem informação com os temas que as peças trazem”, disse a gerente da agência filatélica dos Correios, Esther Gritti. “Além de tudo, é uma forma de investimento, porque as peças valorizam com o tempo.” A peça filatélica brasileira mais cara já vendida foi leiloada em 2007: uma carta com quatro selos Olho de Boi, datados de 1843, vendidos por R$ 824,5 mil Euros — o equivalente hoje a R$ 2,2 milhões.
PARTICIPAÇÃO - O grupo mirim de filatelia do COC é aberto à comunidade. As reuniões são realizadas aos sábados, das 10h às 11h, e podem participar crianças dentro da faixa etária acompanhadas dos pais. Informações pelo telefone (16) 3603-9328.
FILATELIA
Hábito ainda sobrevive
2 mil Filatelistas há em todo o interior do Estado de São Paulo, segundo os Correios
61 anos
Faria neste ano o clube filatélico de Ribeirão Preto, se ainda existisse
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O clube filatélico que havia em Ribeirão, fundado em 1948, fechou as portas em 1982, ano da morte de seu presidente, Américo Gabaldo. Desde então, os colecionadores de selos da cidade mantêm contato apenas por telefone, com seus respectivos amigos. Na tentativa de manter a unidade entre os participantes, o jornalista Márcio Javaroni, 36 anos, dos quais 24 dedicados à filatelia, colocou no ar há três meses um blog para compartilhar informações da área. “Seria importante que os colecionadores voltassem a se organizar, para não deixar isso acabar”, disse. Um dos temores do colecionador é que as crianças percam o interesse pela atividade, o que põe em cheque a continuidade do hobby. “Muita coisa compete com a atenção das crianças, como computadores e jogos”, afirmou. O endereço do blog é www.filateliaribeirao.blospot.com
* Matéria do jornalista Guilherme Tavares (guilherme.tavares@gazetaderibeirao.com.br), publicada na Gazeta de Ribeirão, do dia 14/06). Foto: Lucas Mamede
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